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Protesto bloqueia terminal portuário

A disputa entre caminhoneiros autônomos e a Libra Terminais, pelo pagamento de estadias, teve mais um capítulo ontem. Após uma manifestação que reuniu cerca de 60 condutores em frente às instalações da empresa no Porto de Santos, o terminal obteve uma liminar que autua em R$ 150 mil por dia o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e do Vale do Ribeira (Sindicam), em caso de bloqueio aos acessos da companhia, na Ponta da Praia.

Segundo a Libra Terminais, a ordem judicial chegou a ser descumprida ontem e o Sindicam foi condenado a pagar multa de R$ 1 milhão, além de ter o bloqueio online de suas contas no montante de R$ 150 mil. Em nota divulgada à imprensa, ela citou que integrantes do sindicato “continuam atuando de forma agressiva e intimidatória nos acessos ao Porto de Santos, com o propósito de bloquear o livre trânsito dos transportadores”.

Para evitar novos conflitos, empresas portuárias e retroportuárias que foram prejudicadas pelos protestos solicitam a participação da Polícia Militar e da Secretaria de Portos (SEP) na negociação da disputa. Tudo para garantir a segurança das operações no cais santista.

Os caminhoneiros defendem que a Libra pague a estadia aos motoristas que permanecerem mais de cinco horas dentro do terminal. Eles propõem que, após a quinta hora sem a conclusão de entregas ou da retirada de contêineres na instalação, a Libra Terminais pague R$ 1,00 por hora a cada tonelada de carga transportada pelo caminhão. Já a empresa tenta uma forma de evitar esse despesa.

Segundo caminhoneiros, várias tentativas de acordo fracassaram desde a última quinta-feira. Na noite de terça-feira, após uma reunião, um novo encontro foi marcado para a manhã de ontem. No entanto, ele não aconteceu.

Indignados, cerca de 60 caminhoneiros permaneceram durante toda a manhã nas imediações do terminal.

A instalação chegou a emitir um aviso em seu site, destacando que não houve prejuízo operacional, já que a manifestação aconteceu na área urbana.

No comunicado, a Libra diz que seus funcionários atenderam as demandas operacionais, sem prejuízo aos embarques. Por isso, a empresa garantiu que não houve impossibilidade de realizar entregas ou o armazenamento de contêineres.

Reflexos

Apesar da garantia da Libra de que todas as demandas operacionais foram atendidas, o protesto dos caminhoneiros gerou reflexos em outras empresas que atuam no cais santista. Uma delas recorreu à Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra) para a solução do conflito.

Um terminal retropotuário informou, através de comunicado à associação, que seus clientes e importadores tiveram cargas retidas no terminal marítimo – as mercadorias deixaram de ser retiradas da área portuária devido ao protesto. Tudo aconteceu devido à falta de segurança para o transporte das mercadorias.

Fonte: A Tribuna