O sistema portuário brasileiro conta agora com um órgão de pesquisa voltado especificamente ao estudo da gestão sustentável de suas operações.
Esse é o principal objetivo do Centro Internacional de Referência em Portos e Sustentabilidade (Cirps), lançado na tarde da última quinta-feira, durante o seminário Portos e Sustentabilidade, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
A meta do Cirps é gerar, organizar e disseminar informações técnicas sobre a gestão ambiental dos complexos marítimos. Esses dados são obtidos a partir de pesquisas realizadas por uma rede formada por 17 instituições de ensino superior. Na prática, foi convidada uma entidade de cada estado portuário. A representante paulista é a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Iniciativa única no País, criada a partir de uma parceria entre a Secretaria de Portos (SEP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, através de seu Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais, o Ivig), o centro conta com 300 pesquisadores, distribuídos em 14 estados, entre professores, doutores, mestres e graduados. A idéia é de que essa rede seja ampliada com o ingresso de novas instituições de ensino e pesquisa, inclusive internacionais.
Durante o lançamento do Cirps, o secretário de Políticas Portuária da Secretaria de Portos, Rogério Menescal, entregou para representantes do Ministério do Meio Ambiente o Banco de Dados Georreferenciado de Qualidade dos Sedimentos de Dragagem de 18 portos brasileiros: Sistema de Monitoramento Ambiental Portuário (MoniPort).
No seminário, também foi lançado o Guia de Boas Práticas Portuárias. Elaborado pelo Ivig, ele propõe um modelo de gestão integrado de resíduos, efluentes líquidos e medidas de manejo e controle da fauna sinatrópica (ratos, pombos e insetos), com indicações de boas práticas de gestão ambiental que garantam uma melhoria da eficiência das atividades portuárias.
Fonte: A Tribuna