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Ibama investiga morte de peixes em cidades da Baixada Santista

Órgão ambiental avalia se há relação com mancha encontrada na Barra de Santos, que pode ter vindo de navio

Um grande volume de peixes mortos foi encontrado em duas cidades da Baixada Santista. O flagrante aconteceu dias após o aparecimento de uma mancha de mais de dois quilômetros de extensão, que pode ter como origem uma embarcação que escalou no Porto de Santos. O Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aguarda o resultado da análise de amostras da mancha e dos peixes para definir a punição ao armador.

O flagrante ocorreu na última quinta-feira (10), durante patrulhamento da Receita Federal na Barra. O navio Rook estava carregado com 10.852 toneladas de fertilizantes e aguardava uma vaga para atracar no cais santista. Todo o entorno da embarcação estava tomado pela mancha. E ela se espalhou por Santos, São Vicente, Praia Grande e Guarujá.

De acordo com a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, do Ibama, a mortandade de peixes foi constatada nas proximidades da Ilha da Moela, em Guarujá, e do Forte do Itaipu, em Praia Grande.

“Não conseguimos estimar o volume. A mancha se dispersou e não conseguimos ter ideia de quantos peixes morreram e nem o motivo. Mas coletamos amostras e elas serão avaliadas por duas empresas”, afirmou a responsável pelo Ibama na região.

Além dos peixes, foram coletadas amostras da mancha identificada em várias cidades. As investigações também incluem a coleta de depoimentos do comandante da embarcação e de tripulantes, além de uma vistoria no navio.

A suspeita é de que os porões da embarcação tenham sido lavados e os resíduos de produtos químicos, despejados no mar. Também há a hipótese de que o produto tenha vazado acidentalmente.

O navio Rook permaneceu atracado no Porto de Santos entre sexta-feira e ontem. Ele realizou a descarga de fertilizantes no cais no Armazém 23, na região de Outeirinhos. Agora, a embarcação aguarda uma autorização da Capitania dos Portos de São Paulo para deixar o cais santista.

Punição

Segundo a agente ambiental do Ibama, caso confirmado que a mancha teve como origem a embarcação graneleira, os responsáveis pelo cargueiro serão multados. A sanção varia entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões.

Procurada pela reportagem, a Agência Marítima Orion, responsável pelo navio Rook, preferiu não se posicionar sobre a suspeita de vazamento e as possíveis sanções do posto local do Ibama.

Fonte: A Tribuna