Não é de hoje que se discute a possibilidade de união de áreas abrindo espaço para uma nova configuração do Porto. O tema é debatido há pelo menos quatro anos, conforme vem sendo acompanhado por A Tribuna. E entre as regiões passíveis de serem reordenadas, a Ponta da Praia e o Saboó seguem no topo da lista.
Com aproximadamente 300 mil metros quadrados, o cais do Saboó é dividido em pequenos terminais, com administrações e encerramentos de contratos diferentes. Caso o plano da SEP e da Antaq seja colocado em prática, o local passará a contar apenas com um grande empreendimento, a ser operado pela empresa vencedora da concorrência que deverá ser publicada em breve no Diário Oficial da União (DOU). A nova instalação movimentará contêineres e carga geral.
Empresas como a Rodrimar e a Deicmar possuem áreas nesse trecho atualmente. A primeira administra 27,7 mil metros quadrados e o contrato vai expirar em fevereiro de 2014. No entanto, uma liminar permitirá que a companhia permaneça no local até 2016. Já a Deicmar opera 36,1 e 31,5 mil metros quadrados, que terão suas concessões vencidas em junho do próximo ano. Outra que também está neste trecho é a Ecoporto Santos, que adquiriu a Termares recentemente.
Na Ponta da Praia, a ADM é uma das empresas que, provavelmente, terá suas áreas, que totalizam 50,6 mil metros quadrados, unificada a de outros terminais. O contrato da operadora expira em agosto de 2017.
Ao todo, a previsão é de que 1,1 milhão de metros quadrados estejam disponíveis à iniciativa privada. Procurada para detalhar o projeto, a SEP informou que há uma comissão mista formada por técnicos da pasta federal e da Antaq analisando quais áreas deverão ser licitadas e a possibilidade de criação de instalações maiores. A previsão é de que os estudos sejam concluídos ainda nesta semana.
Para a Codesp, as alterações na configuração do Porto trazem melhorias à movimentação de cargas. “A Codesp entende que áreas de maior dimensão, com berços de atracação maiores e adequados às novas profundidades do canal de navegação do Porto de Santos, que permitirá receber embarcações de maior dimensão, permitem o aumento da produtividade e produzem ganhos em escala importantes para o bom desempenho do complexo”, destaca a Autoridade Portuária.
Fonte: A Tribuna