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Dólar tem volatilidade nesta segunda-feira, com atenções ao arcabouço

Na quinta-feira, a moeda norte-americana teve queda de 0,54%, cotada a R$ 5,0584.

O dólar opera sem direção única nesta segunda-feira (24), oscilando entre altas e baixas conforme investidores monitoram o início do percurso do arcabouço fiscal no Congresso e seguem de olho nos juros dos Estados Unidos, com divulgação de novos dados econômicos na semana.

Às 11h13, a moeda norte-americana caía 0,05%, cotada a R$ 5,0557. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em queda 0,54%, cotada a R$ 5,0584. Com o resultado, a moeda passou a acumular:

  • Alta de 2,92% na semana;
  • Queda de 0,21% no mês;
  • Recuo de 4,16% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A semana começa com investidores de olho no início de tramitação do arcabouço fiscal brasileiro e aguardam os resultados das grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos, bem como pistas da trajetória de juros no país, com a divulgação de novos dados econômicos da semana.

O governo federal entregou o texto final do arcabouço na última terça-feira (18) ao Congresso Nacional. A proposta irá substituir o teto de gastos no controle das contas públicas. O mercado aguarda agora a recepção das medidas e possíveis ajustes por parte dos deputados e senadores.

No fim de semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez novos comentários sobre o arcabouço fiscal e seu potencial de redução dos juros nesta sexta-feira (21), em evento em Londres.

Ele afirmou que o Congresso Nacional pode fazer alguns reparos no texto do arcabouço, mas que o projeto está na “direção certa” e que é preciso melhorar a comunicação para tranquilizar os mercados e balizar as expectativas econômicas. Campos Neto disse que o texto final do arcabouço, se aprovado, tem critérios realistas de manejo das contas públicas, e elimina o “risco de cauda” de explosão da dívida pública.

Ainda assim, as falas do presidente do BC, sinalizando que pode não haver uma queda dos juros no curto prazo, aumentaram a pressão no governo por uma saída fiscal para tentar fomentar o crescimento do PIB.

Segundo o blog da Julia Duailibi, Lula está cobrando integrantes do governo que busquem alternativas que possam compensar a política monetária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido praticamente uma voz isolada ao defender a harmonia entre o fiscal e a política monetária.

Nesta segunda, em Portugal, Lula voltou a criticar publicamente o patamar atual da taxa básica de juros da economia brasileira.

“E a verdade é que um país capitalista precisa de dinheiro, e esse dinheiro tem que circular. Não na mão de poucos, mas na mão de todos”, prosseguiu.

No boletim Focus, os economistas do mercado financeiro elevaram novamente a estimativa de inflação deste ano, de 6,01% para 6,04%. Foi a quarta alta seguida na expectativa de inflação desse ano. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro ficou estável em 4,18% na semana passada.

Para o crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro subiu de 0,90% para 0,96% na última semana. Já para 2024, a previsão de crescimento subiu de 1,40% para 1,41%.

No exterior, os principais índices de ações dos Estados Unidos fecharam com ganhos mínimos na sexta-feira, após resultados trimestrais mistos, com os investidores avaliando como dados econômicos conflitantes podem influenciar as taxas de juros e antecipando uma semana cheia de relatórios corporativos.

Uma pesquisa mostrou nesta sexta que a atividade empresarial dos EUA acelerou para o nível mais alto em 11 meses em abril, tornando ainda mais incertas as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve depois que dados no início da semana indicaram um enfraquecimento da economia.

Fonte: G1 Economia