Depois de subir 5,7% na última semana, o dólar caiu pelo terceiro dia seguido ontem, para R$ 2,197, e acumula baixa de 2,8% na semana até agora. As cotações consideram o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro. O economista Waldir Kiel, da corretora H.Commcor, destaca que não apenas o real, mas moedas de outros emergentes, como Rússia e México, subiram nesta semana com uma perspectiva mais otimista de investidores sobre a manutenção dos estímulos econômicos nos EUA. “A revisão para baixo do crescimento da economia americana no primeiro trimestre reforçou a aposta de que o fim do programa de recompra de títulos nos EUA pode ser adiado.” O BC americano havia dito, na semana passada, que os estímulos seriam totalmente retirados até meados do ano que vem. O próximo passo, na avaliação de investidores, seria o aumento do juro básico dos EUA, o que tornaria os títulos públicos de lá, remunerados pela taxa e considerados de baixo risco, mais atraentes que aplicações em emergentes. As ações constantes do BC brasileiro para conter a alta do dólar também têm tido reflexo, afirmam analistas, que ressaltam, porém, que a forte oscilação da moeda americana prejudica os exportadores. “As produtoras de papel e celulose têm apresentado oscilações bruscas na Bolsa por causa disso”, diz Gabriel Ribeiro, analista da Um Investimentos, de acordo com publicado na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo.
Fonte: Folha de S.Paulo