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Cubatão defende nova ligação entre as margens do Porto de Santos

A Prefeitura de Cubatão elaborou um projeto que promete diminuir o fluxo de veículos na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, o principal acesso rodoviário à Margem Esquerda do Porto de Santos. A Via Arterial, como é chamada a alternativa, terá cerca de 12 quilômetros de extensão e promete ligar a estrada à Margem Direita (Santos) do complexo marítimo. 

A ideia foi apresentada pelo secretário de Planejamento de Cubatão, Adalberto Ferreira da Silva, ontem, durante sua participação no seminário Acessibilidade ao Porto de Santos, promovido pela Universidade Santa Cecília (Unisanta).

A visão estatal no equacionamento dos gargalos do complexo santista foram o destaque do evento. Os debates sobre as alternativas viárias para o escoamento de mercadorias em direção ao complexo santista continuam hoje.

Além do representante de Cubatão, o seminário reuniu o secretário de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, José Eduardo Lopes, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Portuário de Guarujá, Adilson Cabral. e o superintendente de Logística da Codesp. Osvaldo Vale Barbosa.

A ideia da alternativa viária defendida pela Prefeitura de Cubatão prevê a segregação do fluxo que é direcionado ao Porto e ao Polo Industrial do município. O projeto envolve a interligação da Avenida Augusto Barata (Retão da Alemoa), na Margem Direita, com a Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

Créditos: Carlos Nogueira

Superintendente de Logística da Codesp participou dos debates, que ocorreram na Unisanta, ontem

De acordo o secretário, os quase 12 quilômetros de extensão serão construídos ao lado da ferrovia existente nesse traçado. Uma pequena parcela do trajeto será feito sob manguezais. “Precisamos pensar que, em sete ou oito anos, teremos o dobro do movimento. Não sei se obras serão suficientes para este volume, mas o planejamento corre atrás do prejuízo”, afirmou.

O projeto da Via Arterial é visto com bons olhos pela Prefeitura de Santos, explicou José Educardo Lopes. Segundo ele, o empreendimento é coerente e possível, mas é necessário que seja planejado de maneira integrada para garantir interligações com outras obras viárias, como as da entrada de Santos.

O superintendente da Codesp, que representou o presidente da estatal, Renato Ferreira Barco, no evento, também apoiou o projeto.

Decisões municipais

Os gargalos nos acessos ao Porto e a necessidade da participação das prefeituras na gestão portuária foram levantadas pelo representante de Guarujá. Para Adilson Cabral, o protagonismo dos municípios é um dos pontos mais importantes na atividade. “É inconcebível que estejamos falando de gargalos que não apareceram da noite para o dia. É por isso que as prefeituras precisam fazer parte desta gestão, porque sabem exatamente o que acontecem na cidade”.

Para o secretário de Assuntos Portuários de Santos, a eliminação dos gargalos está ligada à gestão logística, à maior utilização de trens no transporte de mercadorias e à exploração do transporte hidroviário.

O seminário, aberto ao público, continua hoje no Bloco E da Unisanta, na Rua Cesário Mota, 4, no Boqueirão.

Fonte: A Tribuna