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China será maior investidor externo no Brasil em 4 anos

Investimento poderá chegar a US$ 50 bilhões; energia está entre áreas preferidas

A China deverá ser o principal investidor estrangeiro no Brasil nos próximos quatro anos, destinando US$ 50 bilhões no período. Essa é a estimativa da consultoria Deloitte.

De acordo com o líder do grupo de serviços chineses da Deloitte no Brasil, Ricardo de Carvalho, esse investimento deve ser dividido entre aquisições de empresas no Brasil e investimentos diretos.

“A China está indo às compras e há muito interesse no Brasil como parceiro estratégico. Há investimentos na indústria automotiva já em curso, também na exploração de petróleo e outras áreas seguramente virão”,diz Carvalho.

Indagado sobre quais os setores da economia brasileira que mais chamam atenção dos chineses, Carvalho afirma que o investimento pode vir em diversas áreas, já que não há setores tão consolidados no panorama econômico brasileiro que impediriam essa aproximação.

Ele, no entanto, cita que no último plano qüinqüenal aprovado em 2011 pelo governo comunista de Pequim, há duas áreas eleitas como prioridade que podem trazer oportunidades para o Brasil: biotecnologia e energia alternativa. “O Brasil, mesmo sendo um país emergente, é líder mundial nessas duas áreas”.

Já o chairman do centro de pesquisas sobre a China da Deloitte,Kenneth De Woskin, vai mais longe na análise: “os chineses não entendem como um país emergente como o Brasil tem a capacidade de liderar duas áreas consideradas estratégicas no plano global como biotecnologia e energias alternativas. É um nicho em que eles precisam se diversificar, já que um dos principais objetivos do atual governo(de Xi Jinping,que chegou ao poder em março este ano) é rever a política ambiental, buscando conter a poluição.

Nesse ponto, eles querem se aproximar do Brasil”.

NOVA ONDA

Carvalho explica que a China está revendo sua política de investimentos no exterior e tem na América Latina seu próximo foco. “A primeira onda de investimentos dos chineses fora do País foi na África. Não temos um valor absoluto do quanto eles investiram no continente, mas eles chegaram a vários países.

Agora, a nova onda de investimentos será a América Latina, e o Brasil é certamente o principal destino desses investimentos”, diz. “No entanto, há outros focos também.

Eles estão investindo pesado na Argentina e, inclusive, estão plantando soja na Bolívia”.(Estadão Conteúdo)

 

Fonte: DE SÃO PAULO